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terça-feira, 21 de janeiro de 2014
17:52 3

É tudo verdade: documentários interessantes


Os documentários sempre nos dão a oportunidade de conhecer histórias reais e surpreendentes. É um dos meus gêneros favoritos. Este post tem sugestões de alguns dos que mais me chamaram atenção nos últimos tempos. 

Procurando Sugar Man (Searching for Sugar Man, 2012)

Um músico americano, descendente de imigrantes latinos, chamado Sixto Rodriguez grava dois álbuns no início dos anos 1970 com a promessa de virar um grande nome da música. Os produtores na época estavam muito entusiasmados com o seu talento, e acreditavam fortemente no seu sucesso. As letras tinham enorme qualidade, comparáveis às de Bob Dylan; a voz dele era muito bonita e tocante. Só que... não bombou. Os álbuns foram um grande fracasso nos Estados Unidos.

Rodriguez, então, retoma sua vida como trabalhador da construção civil e passa anos como um cidadão comum. Enquanto isso, misteriosamente um dos seus discos foi parar na África do Sul, e virou uma verdadeira febre entre os afrikaners desfavoráveis ao apartheid. Seu sucesso lá era comparável ao dos Beatles ou ao dos Rolling Stones. Só que ninguém sabia nada sobre Rodriguez. Vários mitos foram criados sobre seu paradeiro e também sua morte. 20 anos depois, dois sul-africanos encararam a empreitada de descobrir o que aconteceu com esse homem. A história é linda, surpreendente e ainda ganhou o oscar de 2013.

Jonestown: Vida e Morte no Templo do Povo (Jonestown: The Life and Death of Peoples Temple, 2006)

Alerta máximo antes de assistir a esse filme! O negócio é de um baixíssimo astral. Vai sugar suas energias e você vai ficar sem dormir, andando de olho arregalado por uns três dias. Só sosseguei quando todo mundo aqui de casa assistiu, e a gente pôde compartilhar essa negatividade juntos.

Esse documentário conta como aconteceu o massacre de Jonestown. Se você nunca ouviu falar disso, tratou-se do maior suicídio coletivo da história, com mais de 900 mortos. 

Tim Jones era o líder de uma seita religiosa que começou nos Estados Unidos. A ideia do cara era bem interessante: fazer uma igreja que aceitasse pessoas de todas as origens, idades e raças. Tinha uma proposta bem acolhedora, seus cultos eram animados e por isso, acabou conquistando milhares de fiéis. Só que o líder Tim Jones era um piradão, manipulador, megalomaníaco; tinha prazer em dominar as pessoas, e muitas coisas estranhas aconteciam nos bastidores desse grupo. 

Até que começaram a denunciar algumas condutas do líder e do grupo, e Tim Jones teve a ideia de construir uma comunidade isolada, só com os adeptos da sua religião, na Guiana. A cidade se chamaria Jonestown, o local da fatídica baixastralidade. 

O filme mostra a vida de Tim Jones, como a seita surgiu e se desenvolveu, até o dia do suicídio coletivo. Tem depoimentos com antigos fiéis e sobreviventes do massacre em Jonestown (que não chegam a uma dezena), é muito rico em imagens da época e tem áudios do dia do evento (me-do). O filme é muito bom, muito bem feito, e é muito interessante pra gente se dar conta do poder do carisma de um líder, a ponto de dar no que deu. 

O documentário pode ser visto no Youtube, com legendas em português. Eu não vou colar o link aqui, pra não infectar meu blog de energias negativas. 


Miss Representation (Miss Representation, 2011)

Se você é daquelas pessoas que acredita que o feminismo já não serve pra nada, porque as mulheres já alcançaram a igualdade que almejavam, assista a esse filme e mude de ideia. Se você é feminista, e ainda não assistiu, veja e fique mais revoltada. O filme mostra as representações das mulheres na mídia, e como elas são expostas (e avaliadas) nas artes e na política. Denuncia a perpetuação de estereótipos, a falta de respeito nos espaços públicos, o culto ao corpo e à juventude feminina. Peguei a dica no blog de Lola (ídola) há um tempo, e repasso por aqui. 


3 comentários:

  1. Eu quis assistir a esse documentário de sugar man, mas havia esquecido dele.
    agora eu vou atrás.

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  2. Tu vai amar, Hugo! Tenho certeza. É a tua cara esse filme.

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  3. Eu amei Sugar Man!!! Gostei tanto que já assisti mais de uma vez...Ahhhh a magia das coisas em lugares e pessoas inesperadas...
    Vou tentar ver o de Jonestown, eu já sei sobre a história mas já que vc disse que é "negatividade" geral, vou escolher um dia que esteja com a energia bem legal dentro de mim...rs
    Adorando o blog...:)

    Isabella Bezerra

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