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terça-feira, 28 de janeiro de 2014
06:41 9

Os vinte e muitos anos - mais uma história de crise

Outro dia acordei pela manhã, dei aquela lavadinha no rosto com meu sabonete anti-acne, e depois de uma observação mais atenta ao espelho, percebi que estava não só com um, mas com quatro fios de cabelo branco na minha franjinha juvenil.

Com um misto de surpresa e insatisfação com esse sinal do tempo, prontamente providenciei de arrancá-los todos.

É... não tenho aceitado com muita leveza esta nova fase da vida. 

No fundo, sinto que sou a mesma pessoa de 10 ou 15 anos atrás, e aquela maturidade que imaginava que teria aos vinte e muitos não chegou naquele ponto que eu esperava. Apesar de muitas opiniões mudarem da adolescência para a vida adulta, continuo tendo medo de espíritos e outros seres desconhecidos quando ando no escuro à noite; durmo do ladinho da minha mãe de vez em quando; e ainda não me acostumei com homens de mais de 40 anos dando em cima de mim sem considerá-los pedófilos (me achando a própria pré-adolescente ainda...).

Os vinte e muitos anos na verdade têm sido um período meio limbo pra mim. Quando você começa a se dar conta que existem algumas fases da vida e que você tem que se preparar para cada uma delas, esta dos vinte e muitos anos meio que me passou batida pelos referenciais que eu tinha. Acho que imaginei um pouco a geração dos meus pais, que depois de terminar a faculdade, rapidamente já se encontrava um trabalho, já se casava e tinha filhos. 

Daí, qual é a situação que você se depara depois de se formar? Encontrar um emprego decente é uma tarefa árdua pra caramba. Você tem que optar entre um emprego escravo no mercado privado, ou, pelo serviço público, que você tem de abdicar de diversas coisas pra ter tempo de estudar para um concurso, e decorar todos aqueles prazos idiotas e pegadinhas escrotas. 

Se casar e, principalmente, ter filhos também não faz parte do plano - porque você quer ter um sono tranquilo pelo menos até a idade de Cristo -, você se pergunta: afinal, em que consiste esta maldita fase dos vinte e muitos anos?

É ridículo, mas fiquei meio animada depois que percebi que em Friends e em How I Met Your Mother, as primeiras temporadas iniciam com seus personagens nesse período da vida, e são seriados divertidos que contaram muitas histórias e duraram bastante. Só que de alguma forma a galera tem dinheiro para ter apartamentos legais, espaçosos e bem localizados. Enquanto no seu primeiro empreguinho dos vinte e muitos, só dá pra alugar um apartamentinho furreca - isso, claro, se você não trabalhou que nem um escravo no ramo privado, ou se não estudou que nem um condenado por pelo menos uns dois anos pra entrar no alto escalão do serviço público. 

Se dizem que a adolescência é a fase da auto-afirmação, eu discordo e digo que esta é a verdadeira fase da auto-afirmação. É uma pressão enorme para você mostrar o seu valor, porque sente que é o momento de colocar a sua marca no mundo, fazer algo importante, contribuir para algo de grande impacto para a vida de algumas ou muitas pessoas. É o momento de você mostrar quem você é e o que pode oferecer. E é tão desgastante às vezes, porque esse tipo de coisa não vem de uma hora pra outra. 

Decidi, então, que vou arrancar meus cabelos brancos enquanto puder, e continuarei a usar o meu All Star de vez em quando, porque não dá assim pra envelhecer de uma hora pra outra. Tem gente que já incorpora o espírito: faz aquelas luzes no cabelo que envelhecem 15 anos, coloca um salto alto de oncinha e chama todo mundo de "meu amor". Evito esse tipo de aceitação ainda. No entanto, caminho por esse começo da vida adulta, fazendo mudanças aos poucos, porém qualitativas. Agora sem desanimar e cair no chocolate e no seriado de zumbis. Um dia eu chego lá, aproveitando cada pedacinho da vida, e o que ela tem a oferecer. E lembrarei desta fase com carinho, porque vai ser o momento que saí do meu conforto de menininha de classe média para realizar algo só meu. E se for mais tarde, Sex and The City tinha protagonistas com mais de 30 anos, dá pra bombar e encarar altas aventuras depois disso também. Caso contrário, ainda vão criar algum seriado legal pra depois dos 40 ou 50 pra gente se espelhar. 

PS: A vida não é como um seriado de comédia, eu sei. Mas eles fazem a gente sonhar. Deixa eu sonhaaar! 










terça-feira, 21 de janeiro de 2014
17:52 3

É tudo verdade: documentários interessantes


Os documentários sempre nos dão a oportunidade de conhecer histórias reais e surpreendentes. É um dos meus gêneros favoritos. Este post tem sugestões de alguns dos que mais me chamaram atenção nos últimos tempos. 

Procurando Sugar Man (Searching for Sugar Man, 2012)

Um músico americano, descendente de imigrantes latinos, chamado Sixto Rodriguez grava dois álbuns no início dos anos 1970 com a promessa de virar um grande nome da música. Os produtores na época estavam muito entusiasmados com o seu talento, e acreditavam fortemente no seu sucesso. As letras tinham enorme qualidade, comparáveis às de Bob Dylan; a voz dele era muito bonita e tocante. Só que... não bombou. Os álbuns foram um grande fracasso nos Estados Unidos.

Rodriguez, então, retoma sua vida como trabalhador da construção civil e passa anos como um cidadão comum. Enquanto isso, misteriosamente um dos seus discos foi parar na África do Sul, e virou uma verdadeira febre entre os afrikaners desfavoráveis ao apartheid. Seu sucesso lá era comparável ao dos Beatles ou ao dos Rolling Stones. Só que ninguém sabia nada sobre Rodriguez. Vários mitos foram criados sobre seu paradeiro e também sua morte. 20 anos depois, dois sul-africanos encararam a empreitada de descobrir o que aconteceu com esse homem. A história é linda, surpreendente e ainda ganhou o oscar de 2013.

Jonestown: Vida e Morte no Templo do Povo (Jonestown: The Life and Death of Peoples Temple, 2006)

Alerta máximo antes de assistir a esse filme! O negócio é de um baixíssimo astral. Vai sugar suas energias e você vai ficar sem dormir, andando de olho arregalado por uns três dias. Só sosseguei quando todo mundo aqui de casa assistiu, e a gente pôde compartilhar essa negatividade juntos.

Esse documentário conta como aconteceu o massacre de Jonestown. Se você nunca ouviu falar disso, tratou-se do maior suicídio coletivo da história, com mais de 900 mortos. 

Tim Jones era o líder de uma seita religiosa que começou nos Estados Unidos. A ideia do cara era bem interessante: fazer uma igreja que aceitasse pessoas de todas as origens, idades e raças. Tinha uma proposta bem acolhedora, seus cultos eram animados e por isso, acabou conquistando milhares de fiéis. Só que o líder Tim Jones era um piradão, manipulador, megalomaníaco; tinha prazer em dominar as pessoas, e muitas coisas estranhas aconteciam nos bastidores desse grupo. 

Até que começaram a denunciar algumas condutas do líder e do grupo, e Tim Jones teve a ideia de construir uma comunidade isolada, só com os adeptos da sua religião, na Guiana. A cidade se chamaria Jonestown, o local da fatídica baixastralidade. 

O filme mostra a vida de Tim Jones, como a seita surgiu e se desenvolveu, até o dia do suicídio coletivo. Tem depoimentos com antigos fiéis e sobreviventes do massacre em Jonestown (que não chegam a uma dezena), é muito rico em imagens da época e tem áudios do dia do evento (me-do). O filme é muito bom, muito bem feito, e é muito interessante pra gente se dar conta do poder do carisma de um líder, a ponto de dar no que deu. 

O documentário pode ser visto no Youtube, com legendas em português. Eu não vou colar o link aqui, pra não infectar meu blog de energias negativas. 


Miss Representation (Miss Representation, 2011)

Se você é daquelas pessoas que acredita que o feminismo já não serve pra nada, porque as mulheres já alcançaram a igualdade que almejavam, assista a esse filme e mude de ideia. Se você é feminista, e ainda não assistiu, veja e fique mais revoltada. O filme mostra as representações das mulheres na mídia, e como elas são expostas (e avaliadas) nas artes e na política. Denuncia a perpetuação de estereótipos, a falta de respeito nos espaços públicos, o culto ao corpo e à juventude feminina. Peguei a dica no blog de Lola (ídola) há um tempo, e repasso por aqui. 


sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
06:45 9

Seria o humor incompatível com as mulheres?

Não é preciso muito esforço pra perceber que não existem muitas mulheres no mundo da comédia, e há quem diga que encontrar uma mulher engraçada no convívio diário é uma tarefa difícil. Mulheres comediantes sempre são vistas com certa desconfiança ou, pelo contrário, até com muito entusiasmo, porque realmente não é algo tão comum. Nos últimos anos, algumas atrizes divertidas vêm despontando nesse meio, mas ainda são muito poucas. Por que será? Seria o humor uma questão de gênero? 

Outra vez, vi uma entrevista com uma antropóloga chamada Mirian Goldenberg, que na época lançava um livro fruto de uma pesquisa que investigava diferenças entre homens e mulheres. Goldenberg mostrava que a maioria dos homens se divertiam mais com outros homens, e que as mulheres também se divertiam mais com pessoas do sexo masculino. Na lista de pessoas mais divertidas para as mulheres, as suas amigas ostentavam um papel totalmente secundário na hora de dar umas risadas. Amigos homens, maridos, namorados e outros ficavam na frente das suas parceiras. Para os homens, o quadro era parecido. Pessoas do sexo feminino especialmente não costumavam diverti-los. 

Lembrei de algumas vezes que participei de conversas de bar com uma mesa predominantemente masculina (e mais machistinha) e percebi que, para determinados grupos, as mulheres não passam de meros adereços, acessórios. Sabe aquela história, "vamos pegar umas cervejas e umas mulheres"? Como se cervejas e mulheres fizessem parte de categorias análogas. Então. Nesses grupos, elas mal participavam da conversa, raramente introduziam algum assunto. Os homens riam e se divertiam horrores, eram sempre os protagonistas das histórias; e as mulheres apenas acompanhavam aquilo tudo. Será que não há o que falar? As mulheres são tão sem senso de humor assim? 

Duvido muito que isso seja uma questão cromossomial. Uma resposta óbvia, e eu não estou inventando a roda aqui, é que desde muito pequenas somos preparadas para sermos mulheres atraentes, para conquistar, claro, um bom relacionamento e consequentemente um bom casamento. Para isso, você tem que ser linda, meiga, reservada, recatada, limpinha, falar e rir baixinho como uma princesa, e ainda ser sexy. Ai, meu irmão e minha irmã, não há quem possa ser engraçada para alcançar todas essas supostas qualidades. Para parecer uma futura boa esposa, não dá pra rir de si mesma.

É complicado relaxar pra falar alguma coisa quando desde cedo vários assuntos lhe são censurados para você alcançar o paradigma da mulher ideal. Falar de situações engraçadas que envolvam algum constrangimento quase sempre são mal interpretados. Escatologia, então? Proibido. Onde já se viu uma mulher falando sobre coisas nojentas? É uma verdadeira luta diária que as mulheres enfrentam para parecerem isentas do universo da excreção. Isso faz, inclusive, que elas sofram muito mais de prisão de ventre. Não é à toa que o Activia captou logo quem seria o seu nicho. Aí pronto, falar sobre o assunto nem pensar. Contar alguma história engraçada sobre dor de barriga, por exemplo, que é um assunto que rende histórias engraçadas, não pode entrar na roda, porque aí você está expondo para todo mundo que faz number two. E isso é segredo, secretíssimo. 

Há alguns anos vi um programa da MTV, aquele com Marina Person, que se chamava Meninas Veneno, onde um grupo de mulheres falava sobre um tema predeterminado; e num desses episódios surgiu o assunto depilação. Marina Person, mais espontânea, falou daqueles dias que a gente deixa uns pelinhos mais crescidos, que dá aquela preguicinha normal de se depilar e tal. Jogou o tema pra dar um toque de humor e pra buscar a identificação das outras participantes. Como o assunto do dia tinha reunido umas mulheres mais frescas, essas moças que ali estavam negaram a possibilidade de existir um dia sequer em que não estivessem depiladas. Como assim, né? Peraí, minhas amigas. Até pra se depilar você tem que estar peluda. Que história é essa? Claro, minha gente, tinham que manter a magia do filme pornô da mulher totalmente lisinha, porque aí, adeus, pretendentes! 

É até meio confuso. Castidade, "pureza", atriz de filme pornô. Complicado... mas dizem que mulher tem que ser tudo isso ao mesmo tempo. E ao mesmo tempo não ser. Vigi! É assim mesmo. Não há saída. 

Claro, o humor não se resume a questões de higiene pessoal e tal. Não dá pra rolar uma boa stand-up comedy se resumindo a esses assuntos. O problema é que pra ser engraçado ou engraçada, em muitos casos, precisa-se de um certo desapego à vaidade e ao senso de ridículo, que às mulheres por muito tempo não foi permitido.E por isso, o apelo deste texto é esse. Desapeguemos um pouco dessa vaidade, meninas. Vamos liberar a comediante que existe dentro de nós. Mais leveza, mais diversão. Teste para 2014: próximo bloco Cafuçu pintar um dentinho e uma monocelha. Haha. Pedi muito, né? Mas vocês entenderam... :)

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
07:47 2

Trivial, porém especial

Depois de passar tantas horas da minha vida comendo e comendo, mais do que todas as outras pessoas ao meu redor, era normal que eu desenvolvesse algum abusinho em relação ao que se tem de mais trivial e bem reputado no universo da culinária.

Assim como pode acontecer com tudo, com boys magia, com a música (Wonderwall – Oasis), com o cinema (Titanic), acontece com a comida.

Sou daquelas que fica verdadeiramente irritada quando tenho que pedir comida para uma quantidade grande de pessoas, e sempre, sempre vem aquele amigo com mais frescura e temente a inovações, que come arroz com ovo no almoço desde 1990, e vai num restaurante italiano, “pizza calabresa!”, vai num restaurante chinês, “frango xadrez!”, vai comprar um pote de sorvete, “creme!”. E você é obrigado a comer aquilo que já foi especial pra você um dia, mas que queria deixar no passado, pois seu sabor e odor já estão guardados para sempre.

No entanto, algumas vezes fui rendida pelo comum, depois de ceder aos pedidos do coletivo da minha mesa, ou depois de dar aquela provadinha na comida alheia. Este post tratará sobre esses pratos surpreendentes, que tinham tudo para ser só mais um desses que você encontra em qualquer lugar, mas que tinham um quê a mais que os tornavam muito melhores do que todos os outros.

Na minha humilde opinião, eis alguns pratos triviais, porém especiais (os preços estão aproximados, mas quando puder vou colocando o valor exato por aqui) :

Rubacão com carne de sol do Café São Jorge 

Para quem não é dessas bandas de cá, pode não ser comum, mas quem vive por aqui sabe que o rubacão é um dos pratos mais comuns da culinária nordestina. Lembro que da primeira vez que provei, fiquei encantada. Comia horrores, até pesar bem na barriga. Daí claro, com o tempo, ele foi perdendo sua magia. Alguns restaurantes também o desonraram colocando mais ingredientes do que ele já deveria ter. Até que fui ao Café São Jorge, e tive a oportunidade de provar o mais maravilhoso rubacão de todos os tempos. Com a quantidade de ingredientes certa, uma cremosidade maravilhosa, e um toque todo especial com uns pedacinhos de alho tostados e umas sementes de gergelim (suponho que seja gergelim), que dão uma textura super interessante ao prato. E claro, a carne de sol maravilhosa super bem preparada, desfiadinha. Custa, se não me engano, 18 reais. 


Pizza de Frango com Catupiry do Divina Itália

Lembro quando era pré-adolescente e ouvi falar pela primeira vez do tal do queijo Catupiry. Ele era descrito com muito entusiasmo pelos jovens mais antenados e viajantes que o conheciam antes de mim. Depois que provei a mistura de pizza de frango com catupiry, foram anos dependente desse sabor. Não havia dificuldade para escolher nos restaurantes, nas entregas em domicílio. Porém, como tudo que a gente come demais, pode acabar tendo o triste fim do enjoo; rejeitei o sabor em boa parte da última década.

Até que fui rendida pelo meu namoradinho (que gosta até hoje de sorvete de morango) a provar a pizza de frango com catupiry do Divina, que ele acabava de ter provado e elogiado horrores. Eu que tinha esnobado na minha mente a sua escolha, e estava satisfeita comendo minha pizza de pesto, resolvi conferi. E ele tinha razão, era a melhor pizza de frango com catupiry de toda a João Pessoa!

Claro que isso vai depender do seu gosto pra pizza, como combinamos no fato de gostar da massa bem fininha e crocante, se for também o seu caso, essa pizza parece a ideal. Tem o defeito enorme, de ser apenas uma pizza individual (esses restaurantes mais arrumadinhos rejeitam de todas as formas pratos pra mais de três pessoas, whyyy?). No entanto, tem a qualidade de ser um dos pratos mais baratos do cardápio, que no geral não é muito Brasil não – saudade, Peixe Urbano –, custa cerca de 25 reais.


American Cheeseburguer do Blue 

O Blue é um restaurante que maltrata muito o meu saldo bancário no fim do mês. Como boa parte de tudo que é bom neste mundo capitalista selvagem, é um restaurante de pratos maravilhosos, porém que pesam bastante no bolso. Mas também, se eles fizerem cuzcuz com ovo, vai ficar incrível, sofisticado e ter um toque de alguma coisa que o deixa melhor do que em qualquer outro lugar. No entanto, o que assusta mesmo são os preços dos pratos principais. As entradas e as sobremesas têm um preço que dá pra pagar; e você vai gostar desta dica, porque ela está inclusa no rol das entradas. Não sei realmente como a gente encaixa um prato como entrada e outro como prato principal, sei que esse te alimenta como um prato principal muito bem. E tem um sabor incrível. O hamburguer é bem gordinho, com carne de verdade (indireta pro Mcdonald's), super suculento, e acompanha fritas e molhinho gostoso. Custa 20 e poucos reais.

Torta de frango da La Suissa (Campina Grande) 

Pessoenses despeitados diriam que as 14 melhores coisas de Campina Grande são o Treze e a saída para João Pessoa. Um pessoense um pouco menos despeitado diria que as 14 melhores coisas de Campina são o Treze e a La Suissa. Se algum campinense estiver lendo, não tem nem graça essa sugestão aqui. A torta de frango da La Suissa já está incorporada ao povo campinense há pelo menos uns 15, 20 anos. A massa mais incrível, fininha, sedosa; o recheio mais maravilhoso. A La Suissa é sempre parada obrigatória quando vou por lá só pra saborear essa delícia.


Endereços:

Café São Jorge: Rua Conselheiro Henriques, Casarão 90, Centro.
Divina Itália: Rua Targino Marques. 56, Tambaú.
Blue: Av. Presidente Epitácio Pessoa, 1851, Hotel Village.
La Suissa: Rua Irineu Joffily, 176, Centro e Shopping Boulevard - Campina Grande

Fotos:

Do facebook
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
06:48 0

Vergonha do sotaque


Não só de mancadas vive a Rede Globo. A minissérie que estreou na semana passada, “Amores Roubados”, tem sido uma grande surpresa. Além da narrativa interessantíssima e outros aspectos técnicos, a atuação tem me surpreendido particularmente na simulação dos sotaques dos atores de fora do Nordeste e da inserção de ótimos artistas da nossa região, como Irandhir Santos.


Parêntesis. Quem diria que Cauã Reymond, o famigerado Mau Mau de Malhação, quase um sucessor de Igor Cigano na época, evoluiria a ponto de se tornar um grande ator? E com um sotaque nordestino bastante verossímil!



Admito que parte do meu entusiasmo com a minissérie se deve ao fato de que, por muitos anos, nosso povo e nosso sotaque tem sido quase que completamente invisibilizado pela TV brasileira. Lembro que quando era criança, chegou uma certa idade que entrei numa crise sobre a minha origem. Nascida em Campina Grande, na Paraíba, eu percebi que meu estado não aparecia nos filmes nacionais, nas novelas. O Jornal Nacional passou anos sem nunca ter indicado o clima do meu estado, e as novelas que possuíam “temática” nordestina em geral, caricaturavam e reproduziam muito mal os nordestinos. Nosso sotaque era entoado de forma jocosa, a ponto de ser tosco. 



Criança percebe logo a hierarquia de privilégios no mundo. Com pouquíssima idade, já se sente contrariada quando seus pais não possuem um carro vistoso, uma casa espaçosa ou qualquer outra coisa que demonstre riqueza ou poder. Notei cedo que parecia não ser bacana ter nascido na Paraíba, e que legal era ter nascido no Rio de Janeiro ou em São Paulo (pois tudo aparentemente acontecia lá), torcer pra um dos seus times, como o Flamengo (era o time de Xuxa), falar com artigo antes de nome próprio, e chiar seletivamente nas sílabas com “t” e “d”.

Aí você vai crescendo e vai percebendo que isso é um fenômeno geral. No jornal local, o(a) apresentador(a) é obrigado(a) a falar com o sotaque “neutro”, que na verdade é um misto de paulista com carioca. Quando algum(a) entrevistado(a) fala no mesmo jornal local, muitas vezes desperta estranhamento no próprio espectador nordestino. Quando alguém responde uma indagação com a tal da frase “com certeza”, dita bem cantadinha e com o “t” bem forte, na pontinha da língua, não raro tem alguém da região que diga "doer os ouvidos", estranhando e ridicularizando o próprio sotaque. 

Tive a oportunidade de ir a Encontros e Congressos Nacionais, e em algum momento de apresentação dos presentes, flagrei colegas paraibanos forçando um sotaque que não tinham para se direcionar ao público. “Boa tardji, meu nome é Fulano, e eu vim da Faculdade dji Djireito da Federal da Paraíba” (???).

Outra vez, uma amiga que trabalhava numa franquia de uma grande perfumaria nacional me disse que a norma repassada pela dona é que era terminantemente proibido falar com sotaque nordestino. Todo mundo da Paraíba, numa perfumaria na Paraíba, era obrigada a falar “sem sotaque”. Se a dona escutasse um “d” ou um “t” nordestinês, ou qualquer outra expressão que remetesse ao nosso sotaque, era repreensão na certa.

Claro que fui crescendo e fui percebendo que tudo isso era uma enorme violência contra a nossa cultura, contra a nossa identidade. Lembro que na época que me aventurei rapidamente no curso de Jornalismo, tive que ler o livro “Preconceito Linguístico”, de Marcos Bagno, que me abriu muitíssimo a mente. Ele desmistificava vários mitos sobre o “português correto”, como especulações sobre em qual lugar do país fala o “melhor” português e coisa e tal. E marcou muito um comentário que ele fez sobre o tal do “oitcho”, que é falado em alguns lugares do Nordeste. Falar o número desse jeito, muitas vezes é considerado “ridículo”, “estranho”, “errado”. Só que se trata do mesmo fenômeno linguístico que o “tchi” sudestino, apenas com uma vogal diferente. 

Se a linguagem reflete o mundo em que vivemos, o que é considerado certo ou errado, bonito ou feio, quase que sempre representa as relações de poder de uma determinada sociedade. Quantas vezes não convivi com pessoas do sudeste e fui corrigida por falar algum regionalismo ou simplesmente uma palavra, presente inclusive no nosso dicionário, mas que não era conhecida ou comum em outras regiões? Inúmeras vezes. No entanto, que culpa eles têm? Se muitas vezes estranhamos a nós mesmos, imagina quem ouve de fora?

Vejo, então, a minissérie “Amores roubados” com muito entusiasmo, talvez representando um marco na TV brasileira, vendo por esses aspectos que tratei. Fico muito feliz também com o espaço que o cinema nordestino tem conquistado nacionalmente, com filmes incríveis e representativos do nosso povo, como “O som ao redor”. É uma forma de marcarmos presença neste país, e passarmos por um processo de desestranhamento. Quem sabe nós e todo mundo um dia vai perceber o quanto também somos lindos.
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
10:54 3

Leitura de férias: "A história do amor"



Não, esta gatíssima aqui do lado não sou eu! É a minha irmãzinha Mônica Nóbrega, que agora será minha parceira de blog fazendo posts sobre literatura.

Se fiz esse blog com a esperança de um dia comer de graça em vários restaurantes, Mônica sonha com o dia que as editoras mandarão livros pra ela. A danadinha compra e lê uma penca de livros por mês, e chegou a hora das livrarias e editoras darem um retorno.

Como temos o gosto muito parecido para tudo, confio demais nas suas sugestões de livro. Chegou então a hora de compartilhá-la! Eis o seu primeiro post:


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Sempre tive uma relação muito sentimental com a literatura, o que define bastante a maneira como procuro livros para ler. O que tento fazer é buscar algo que combine com o sentimento que estou tendo, e assim possa meio que fazer uma catarse através do livro do meu momento presente. Parece meio doido, mas não é tanto.

Isso me leva a crer (nada muito extraordinário, meio senso comum) que gostar de um livro é muito do que cada pessoa está passando. Quem já não leu uma obra ou até viu um filme que achou péssimo e, depois, em determinado momento da vida, desfez a impressão inicial? Acho que todos vamos concordar nesse ponto.

Feito essa introduçãozinha - talvez um pouco estranha, mas já já vai fazer sentido -, neste mês tipicamente de férias, minha sugestão de livro é para você que, depois de ter feito muito coisa estressante no ano passado, quer ficar lendo em casa um livro agradável, mas não algo bobo; um que te acompanhe nesses momentos ociosos, em que ficar na cama é simplesmente uma necessidade.

A obra que irá inaugurar a parte literária do blog da minha irmã Maribs se chama “A história do amor” de Nicole Krauss, lançado em 2006. O título é um pouco brega, sejamos sinceros, e leva a um estranhamento logo de início (sério que você vai indicar esse livro? Vixe, com certeza vai ser um daqueles chicklits horríveis).

Caros leitores (já me sinto íntima e acho que tenho leitores), não se assustem com o título, não é um chicklit (que analisando bem é um nomenclatura muito da machista, só por ser de mulher tem que ser pejorativo? “Livro bom é livro de homem” é isso mesmo?), longe disso, é um livro muito bem estruturado e com uma história que, garanto, depois das primeiras páginas, vai te segurar pra querer ir até o fim.

Eu topei com esse livro pesquisando sobre obras que falassem sobre amor, após ter ficado extremamente insatisfeita com as sugestões que encontrava. No geral, acabei me deparando com histórias altamente superficiais que sempre me faziam largar a leitura. Sinceramente, existe coisa mais difícil na literatura atual do que encontrar livros realmente bons no qual o amor seja parte central da trama? Apesar de ser um livro sobre amor, devo alertar, não é um livro romântico. Assim, até pode ser de uma maneira bem melancólica, mas se o seu propósito é um livro “boy meets girl” ou “girl meets boy”, esta não é a leitura recomendada; apesar de achar que qualquer pessoa com uma sensibilidade mínima vai adorar o livro.

Sem mais delongas, a narrativa começa apresentando Leo Gursky, um imigrante polonês nos Estados Unidos fugido do nazismo, que viveu uma história de amor que repercutiu em toda sua vida. Na sua juventude foi um aspirante a escritor, mas, em razão das circunstâncias da vida, acabou como um chaveiro em Nova York. Nos capítulos seguintes são introduzidas duas novas personagens principais: Alma e Litvinoff. Alma é uma adolescente que tenta lidar com as questões de sua idade, como também com a ausência de seu falecido pai. E Litvinoff, um não muito conhecido escritor polonês que, para fugir do nazismo, acabou imigrando para o Chile.

A conexão entre as histórias das personagens é feita em torno do livro “A história do amor”, mostrando o poder que a literatura exerce em escritores e leitores. Cada capítulo é dedicado a uma personagem. Essa estrutura funciona bastante, porque faz com que você compreenda e se familiarize com cada um deles, tendo também, ao longo da história, transcrições de trechos do livro que, ao avançar na narrativa, vai mostrar a real ligação entre todos. O livro já tinha me ganhado poucas páginas após o início, mas foram nessas transcrições que ele realmente me arrebatou. A autora expõe o amor de uma forma tão delicada que cheguei a ficar arrepiada lendo.

O que mais me chamou atenção antes de iniciar a leitura foi o fato de ser um livro que busca mostrar a importância de um livro e da escrita. Não é uma mera metalinguagem “um livro sobre um livro”; é uma obra sobre a força da escrita e o seu poder de transformação na vida das pessoas, fato que a autora já deixa bem claro nos agradecimentos “Para os meus avós que me ensinaram o contrário de desaparecer...”. Eu gosto bastante dessa temática, acho que, para quem gosta de livros, é sempre um fascínio ler sobre um fato que também exerce grande fluência sobre sua vida: a literatura.

Além de ser muito bem construído, o capítulo de cada personagem tem um estilo de escrita bem distinto do outro (e todos bem atraentes), fazendo com que a personalidade de cada um fique mais evidente. Esse é mais um “truque” que aproxima o leitor da personagem, a voz dela ganha um ritmo próprio na sua cabeça.

Esse é um daqueles livros que ao terminar de ler a pessoa faz uma grande reflexão sobre a vida e sobre a humanidade, as pessoas ganham uma nova cor para você, pois por trás de cada rosto que passa na rua, com certeza, há alguma grande história que tem o único defeito de ainda não ter sido escrita.

PS: Pra quem ainda está resistente por conta do título é bom comentar que Nicole Krauss apareceu na edição da Granta 97 de melhores autores jovens contemporâneos norte-americanos.

PS2: Assim que terminei de ler o livro fui ver se alguém tinha comprado os direitos para fazer um filme e, para minha surpresa (ou não, né? hoje em dia não é muito fácil encontrar filmes com roteiros originais), li que o Alfonso Cuáron foi o comprador. Ignorando a passagem dele pela série Harry Potter, “A Princesinha” e “E sua mãe também” são filmes bem bacanas que podem nos dar esperança para uma boa adaptação.
sábado, 4 de janeiro de 2014
15:54 10

Doçuras não triviais que você encontra em João Pessoa


Viver numa cidade de porte intermediário como João Pessoa às vezes faz com que a gente se depare com algumas frustrações gastronômicas. A rede de restaurantes não é tão vasta, as paradas vivem abrindo e fechando. Pra completar, o facebook vive divulgando aquelas publicidades com fotos de lindos pratos de restaurantes sulistas, que você sequer poderá conferir. Para quem quer sair da mesmice e não aguenta mais sorvete da Friberg e torta dois amores do Tererê, aqui vão sete sugestões de sobremesas que podem ser encontradas em Jampa:

1. Cheesecake de maçã da Empório Cookies
2. Cupcake de morango da Empório Cookies
3. Cupcake de banana da Empório Cookies

Eu queria variar na doceria/restaurante, mas eu não podia deixar passar esse trio da doceria Empório Cookies. Essa doceria me conquistou em 2013, me envolveu, me absorveu, e hoje me encontro completamente dependente.

O cheesecake de maçã é algo diferente de tudo que você já comeu. Não se trata daquele tradicional cheesecake: massa, creminho de queijo e geleia. É um mix de cheesecake e torta de maçã, que tem um sabor e uma textura fora do comum. O que contribui para isso é a massa de nozes e a camada de maçãs caramelizadas que dão todo o diferencial.

O cupcake de morango virou uma tradição familiar já. É o cupcake mais pedido disparado pela família Nóbrega e agregados. O recheio é uma coisa inacreditável, com geleia e creme de queijo, que também faz parte da cobertura, compondo uma mistura perfeita.

O terceiro pode parecer algo de sabor meio polêmico, porque a banana é uma fruta muito marginalizada pela nossa geração, mas eu garanto que é sucesso essa dica. O bolinho é feito de banana, e ele tem uma base de nutella queimadinha, que é de outro mundo. Já falaram por lá que é um dos sabores que mais saem.

O problema do Empório Cookies é que eles não repetem os mesmos sabores todos os dias, e às vezes você chega sedento por um desses três, e não tem. Principalmente o cheesecake de maçã, que geralmente só fazem no fim de semana. A dica pra não perder a viagem é dar uma ligada pra lá antes, e perguntar o que tem disponível no dia. Os cupcakes de tamanho normal custam R$6,50 e a torta custa pouco menos de R$10.


4. Chococcino da Kopenhagen

Quem nunca tentou fazer ou foi em busca do chocolate quente perfeito? Um filme mostra um dia frio. Uma bela atriz com seu casaquinho charmoso de tricot, uma caneca redondinha e estilosa. Ela saboreia lentamente aquela que parece a bebida ideal. E você luta no google, procura receitas, faz misturas de achocolatado com maisena, derrete chocolate e creme de leite em banho maria... Tudo parecia não estar certo, você sabia que aquilo poderia ser melhor. Até você ir na Kopenhagen e descobrir que eles acertaram, eles chegaram lá. Não sei o que eles põem ali, só sei que só pode ser o verdadeiro, o perfeito chocolate quente. E ainda tem pedaços de chocolate Kopenhagem no fundo! Você mete a colher lá, e vem uma quantidade linda e substanciosa de chocolate derretido. Agradeço demais à minha amiga Clara por ter dado essa sugestão. Ah, a xícara grande é 12 reais e alguns centavos.


5. Suflê de goiaba com creme de queijo do Empório Gourmet

Quem está em busca de um sabor mais suave, essa sobremesa do Empório Gourmet cumpre as expectativas. Além de um sabor incrível, a textura dessa sobremesa dá uma sensação maravilhosa na boca. Custa por volta de 14 reais.

6. Torta de maçã do Empório Café

Mais um Emporio “tananam” na lista. O Emporio Café é um bar muito do danado. Porque sua prioridade não deveria ser a sua comida, mas pra mim é. Não existe UMA coisa mal feita por lá. Além das tradicionais saladas, os doces são o seu carro-chefe. Meu favorito atualmente é a torta de maçã com sorvete de creme. A torta vem bem quentinha, pra você comer com o sorvete derretendo. Uma maravilha. Os cupcakes de lá também são muito bons, como os do emporio cookies. Pra quem não gosta de coisa muita doce, os de lá nunca erram no ponto nesse aspecto. Eles têm uma habilidade incrível de fazer doces deliciosos e não enjoativos. Eu iria destacar também o bolo de chocolate deles com baba de moça. Mas fiquei um pouco chateada, porque tenho impressão que eles mudaram um pouco a receita, e não está mais como há alguns anos.


7. Pudim de tapioca do Café São Jorge

O que é esse lugar, meu irmão? Só comida regional da MAIOR qualidade. Não poderia também deixar de ter sobremesas incríveis. Conheci há pouco tempo, depois de muitas recomendações. Fui em busca inicialmente do bolo de macaxeira, que minha irmã recomendou bastante. Mas, como quando eu fui não tinha, e não vou falar do que não conheço, provei do pudim de tapioca, que é também uma coisa dos deuses. 


Endereços: 

Empório Cookies: Av. Esperança, 1000, Manaíra.
Kopenhagen: Manaíra Shopping.
Empório Gourmet: Av. Edson Ramalho, 504, Manaíra.
Empório Café: Rua Coração de Jesus, 145, Tambaú. 
Café São Jorge: Rua Conselheiro Henriques, casarão 90, Centro. 

Fotos: 
Roubadas das páginas do face. A da Kopenhagen peguei do site. 


quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
15:49 7

Filmes levinhos e bonitinhos para janeiro



Selecionei três filmes levinhos e bonitinhos para começar 2014.

O primeiro, "Ligados pelo Amor" (Stuck in Love), tem nome de filme porcaria, mas é uma graça. Greg Kinnear, faz o papel de um escritor de sucesso, que se divorcia e se torna obcecado pela ex-exposa, interpretada por Jennifer Connely. Enquanto isso, seus filhos, um casal de adolescentes, tentam conviver com as vicissitudes da idade. O garoto que faz um dos seus filhos é uma coisinha fofíssima. Ele se apaixona por uma moça complicada e tenta enfrentar de forma bacana essa relação. Os momentos do casal são muito gracinha. A irmã é uma porra-louca simpática, que acaba de lançar um livro, seguindo os passos do pai, e tem verdadeiro ódio da mãe após o divórcio dos pais. Enfim, é daqueles filmes que tem como tema conflitos familiares, que a gente sempre acaba se identificando um pouco. Acho difícil não agradar. 

"Sem Segurança Nenhuma" (Safety not guaranteed) é um filme dos mesmos produtores de "Pequena Miss Sunshine", e assim como este tem também uma vibe muito agradável. Um cara anuncia no jornal que tem a real possibilidade de ter construído uma máquina do tempo, e convida alguém para ser seu parceiro ou parceira nessa aventura. Um grupo de jornalistas de uma revista acha que conhecer esse cara poderia dar uma matéria interessante; então, um deles leva dois estagiários para fazer o contato com o rapaz aparentemente louco. Aubrey Plaza, conhecida pela série "Parks and Recreation", é uma das estagiárias. Ela tenta conquistar a confiança de Darius, o rapaz que construiu a máquina, pra ver qual é a dele, e pouco tempo depois começa a se surpreender com o que ele acredita ter realizado e outras coisas mais. 

"Toda Forma de Amor" (Beginners) é mais um filme bacanérrimo de Ewan Mcgregor. Já é um pouco mais conhecido que os outros dois. Christopher Plummer ganhou o papel de melhor ator coadjuvante interpretando o pai de Mcgregor e tal. A história gira em torno de duas notícias bombásticas dadas pelo personagem de Plummer: a de que teria um câncer terminal, e de que agora, após a viuvez, estaria tendo um relacionamento homossexual. Mcgregor tenta lidar da melhor forma com essas novidades, e também com sua dificuldade de se relacionar amorosamente. 


quarta-feira, 1 de janeiro de 2014
22:03 4

Olá, 2014!

Primeira resolução de 2014: escrever um blog.

Por que escrever um blog, Mariana?

Pessoas legais, engraçadas, politizadas, lindas e cults têm blogs. Por que não entrar na onda e ver se rola essa identificação? É tudo que eu quero ser, gente! 

Que tal entrar no mundo do entretenimento sem fazer muito esforço também? O que eu pretendo oferecer à sociedade: humor, diquinhas gastronômicas (atenção, restaurantes, aceito convites), lições de vida, conhecimentos rasteiros e genéricos sobre qualquer coisa. 

Em dezembro de 2014 saberemos se terá vingado. Sejam muito bem-vindxs!